Odontofobia: dicas para acalmar seus pacientes durante a consulta
Certamente, você já atendeu algum paciente com medo de dentista. E, por mais atencioso que você seja, ainda sim tem gente que sente arrepios só de se imaginar em uma cadeira odontológica.
Normalmente, o medo é decorrente de algum trauma ou procedimento passado que não foi agradável para o paciente ou do imaginário popular de que tratamento odontológico é sinônimo de dor e sofrimento.
A grande questão é que a odontofobia pode dificultar o atendimento ou até mesmo fazer com que o paciente desista do tratamento.
Por isso, todo o cirurgião-dentista deve dominar estratégias para acalmar seus pacientes e fazer com que cada um se sinta seguro dentro do consultório.
E já que a nossa missão é contribuir para o seu sucesso profissional, preparamos este conteúdo. Aqui você vai entender com detalhes o que é odontofobia e ainda vai conhecer dicas para auxiliar seus pacientes com medo de dentista.
Ficou interessado?! Então, continue a leitura.
O que é odontofobia?
A odontofobia é o termo usado para medo de dentista. O paciente que enfrenta esse problema tem uma fobia que é um medo irracional e intenso de ir até uma clínica ou consultório odontológico.
Quem sofre da condição, evita de todos os modos uma consulta com o dentista, até mesmo para uma simples avaliação. Alguns pacientes podem acabar nunca indo ao dentista e outros chegam a passar mal na sala de espera.
E o problema é mais comum do que se imagina. Pesquisas estimam que a odontofobia atinge de 15 a 20% da população em geral, sendo o segundo temor mais frequente entre as pessoas.
Além disso, uma pesquisa realizada pela British Dental Health Foundation, evidenciou que 36% das pessoas que não foram ao dentista regularmente deixaram de ir devido ao medo.
Ansiedade odontológica e odontofobia são sinônimos?
Por mais que os termos pareçam sinônimos, eles não são.
A ansiedade odontológica é caracterizada por nervosismo, preocupação excessiva, tensão ou apreensão em relação às consultas com um cirurgião-dentista, sem que haja um motivo aparente para essa sensação.
Já a odontofobia é um transtorno mental e requer diagnóstico e tratamento. Ela existe em vários graus, mas, de maneira geral, é entendida como um medo intenso e pânico de ir ao dentista, o que vai além da ansiedade.
Os dois problemas são frequentes. Pesquisas estimam que de 9% a 15% da população dos Estados Unidos (cerca de 30 a 40 milhões de pessoas) evita ir ao dentista por medo ou ansiedade.
Como ajudar seus pacientes a lidarem com medo de dentista?
A partir daí não é difícil concluir que milhares de pacientes sofrem com cáries, doenças periodontais e queda da autoestima por evitarem consultas odontológicas.
Além disso, não ir ao dentista também pode afetar a saúde como um todo, uma vez que problemas dentais precários podem causar doenças cardíacas e pulmonares.
Nesse contexto, o dentista precisa estudar sobre a condição e se preparar para auxiliar pacientes com medo ou ansiedade odontológica.
Conheça a seguir algumas dicas que podem ajudar a acalmar seus pacientes durante a consulta. Confira:
Avalie a ansiedade do paciente
O paciente que enfrenta ansiedade odontológica ou odontofobia acaba demonstrando alterações físicas e, para evitar complicações e garantir a segurança do indivíduo, é muito importante que o dentista avalie o quadro.
O mais comum é que o paciente com medo de dentista tenha a pressão arterial alterada (até mesmo antes de entrar no consultório), espasmos musculares, aceleração dos batimentos cardíacos, sudorese e dificuldade para respirar.
Para evitar esse cenário, uma boa dica é realizar uma triagem antes da consulta e, se necessário, contar com um monitor de pressão arterial.
O cirurgião-dentista também deve realizar uma boa anamnese durante o atendimento e fazer anotações relacionadas a ansiedade, nervosismo e fobias, visando adaptar o tratamento para as necessidades daquele indivíduo.
Demonstre empatia desde o primeiro contato
Ter conhecimento sobre a condição e compreensão de como conduzir o caso, certamente, muda a experiência do paciente com o seu consultório.
Mas, para isso, você precisará ter empatia. Precisará se colocar no lugar daquele indivíduo e tirar um tempo para ouví-lo.
Tente criar uma conexão e uma relação de confiança. Se mostre disposto a ajudar e explique que sempre evitará a dor durante todo o procedimento.
Ah! Vale destacar que esse cuidado com o paciente deve vir desde a recepção. Então, oriente a sua equipe a receber cada cliente de maneira empática e com uma comunicação clara e tranquila.
Converse sobre saúde-bucal
A orientação é uma grande aliada dos profissionais da saúde. Em muitos casos, o paciente abandona o tratamento odontológico por não entender a importância do cuidado com a saúde bucal ou porque alguém relatou uma experiência de dor.
Então, tire um tempo da consulta para orientar o paciente e não deixe ele com nenhuma dúvida em relação ao tratamento. Durante o atendimento, é válido explicar passo a passo do que você está fazendo para que ele se sinta seguro.
Também é importante passar orientações sobre os cuidados que devem ser realizados em casa, sobre a importância de uma boa rotina de limpeza bucal e de realizar o acompanhamento com dentista de tempos em tempos.
Evite deixar o cliente esperando
Passar muito tempo na sala de espera, certamente, aumentará a ansiedade do paciente. Por isso, o ideal é manter a sua agenda de dentista sempre organizada, prezando pela pontualidade.
Uma boa dica é substituir a agenda de papel por uma agenda online. A ferramenta simplifica a organização da rotina e minimiza erros de agendamentos.
Outro recurso que pode otimizar processos é o agendamento online. Por meio dele, o cliente poderá acessar o link da sua agenda, olhar os horários disponíveis e, sozinho, realizar o agendamento.
A dica é muito boa para pacientes que sofrem de odontofobia, uma vez que eles não precisarão esperar atendimento de uma secretária para marcar o horário.
Invista na humanização da sua clínica
Ter um espaço acolhedor e com menos aspecto de "ambiente hospitalar" colabora para reduzir a ansiedade odontológica nos pacientes.
Então, invista em uma TV para a sala de espera, tenha plantas naturais na recepção, capriche na decoração e procure criar um ambiente leve e agradável.
Com as crianças, o dentista pode utilizar estratégias para tentar fazer aquele momento mais divertido. Por exemplo, transformar a luva em um balão para o paciente que se comportar bem ou conceder um pirulito ao fim da consulta.
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Gostou das estratégias para acalmar seus pacientes com odontofobia ou ansiedade odontológica?!
Até aqui ficou claro o quanto é importante organizar os processos internos - desde o bom controle da agenda e anamnese até o treinamento da equipe - para garantir uma boa experiência aos seus pacientes com odontofobia.
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