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O que é capital de giro e como calcular?

FINANCEIRO
Gabriela Vitória
Redatora
15
min leitura

Muitas empresas já tiveram que enfrentar a situação em que, momentaneamente, o volume de gastos superou o valor disponível em conta corrente, embora existisse a previsão de entrada de recursos nos próximos dias ou semanas.

O descompasso entre contas a pagar e a receber pode acarretar sérios prejuízos financeiros, uma vez que a empresa tem que arcar com multas e juros devido ao atraso nos pagamentos. Eventualmente, dependendo do caso, pode enfrentar até mesmo problemas de ordem legal. 

A solução para evitar situações como essa está em elaborar um bom planejamento financeiro. E é justamente aí que um dos pilares que sustentam a saúde das finanças de qualquer organização entra em cena: o capital de giro.

A gente vai explicar, neste artigo, o que é capital de giro e qual é a sua importância para a manutenção dos negócios de qualquer tipo de empreendimento empresarial.

Também vamos mostrar como calcular o montante que seja adequado para que as contas se mantenham no azul, mesmo em casos de emergência ou imprevistos.

Fique conosco!

O que é capital de giro?

Capital de giro são os recursos financeiros que viabilizam o funcionamento regular de uma empresa, impedindo que haja a paralisação de suas operações.

São esses recursos que garantem o pagamento de despesas de qualquer espécie (salários, fornecedores, custos operacionais, tributos etc.) ao longo do tempo. 

Dessa forma, evita-se a inadimplência ou a necessidade de recorrer a empréstimos bancários para socorrer as contas no curto prazo.

A identificação do montante necessário para compor o capital de giro deve ser feito, preferencialmente, ainda nos primeiros dias de existência da empresa como forma de prevenção contra imprevistos futuros, garantindo o cumprimento de todas as obrigações.

Nesse sentido, o capital de giro deveria fazer parte do investimento inicial aportado no empreendimento, sendo indicado no planejamento financeiro do novo negócio.

Mas é claro que, se isso não tiver ocorrido, a empresa deve se organizar financeiramente para compor o seu capital de giro ao mesmo tempo em que realiza suas operações.

O mais importante é consolidar esse ativo em suas planilhas financeiras, uma vez que se trata de uma ferramenta essencial para o controle e avaliação da saúde do CNPJ.

Qual é a importância do capital de giro?

Dentro desse cenário de avaliação e controle, o acompanhamento do capital de giro irá assegurar a continuidade das atividades da empresa em todos os níveis.

Mas, além disso, o valor do capital de giro tem relação direta com outros aspectos importantes da organização, que devem ser estudados e compreendidos.

É o caso do ciclo financeiro da empresa. Esse estudo mostra, por exemplo, em quanto tempo e de que maneira o dinheiro que sai da companhia numa operação de compra a prazo junto a um fornecedor retorna para a empresa sob a forma de lucro nas vendas.

Num caso hipotético, a título ilustrativo, vamos imaginar que a análise revela que, entre o pagamento ao fornecedor e o recebimento do dinheiro pelo produto vendido, passaram-se 60 dias.

Este é, portanto, o tempo que a empresa necessita de capital próprio para manter suas operações de maneira saudável, com todas as suas contas em dia.

Da mesma forma, é lícito concluir que o capital de giro pode ser menor à medida que também seja possível diminuir o tempo do ciclo financeiro.

Isso pode ser resolvido através de negociações com os fornecedores e com as instituições que administram os meios de pagamento de recebíveis utilizados pela empresa (bancos, cartão de crédito etc.).

Como calcular o capital de giro?

O capital de giro pode ser entendido como a diferença entre os ativos de alta liquidez da empresa (conhecidos como ativos circulantes) e as despesas e obrigações de curto prazo (passivos circulantes).

Para entender melhor: o conceito de circulante é definido pelo tempo em que é possível obter liquidez de recursos por meio de um determinado item do ativo da empresa, que são os bens e direitos que ela possui. 

Em outras palavras, é a rapidez com que os ativos podem ser convertidos em dinheiro.

Quando esse prazo é inferior a 12 meses, classifica-se o ativo como circulante.

O grupo de ativos circulantes engloba recursos como: dinheiro em espécie, saldo em contas bancárias, aplicações financeiras de curto prazo, estoque de mercadorias, contas a receber, entre outros.

Os passivos circulantes, por sua vez, são as obrigações financeiras que a empresa possui junto a terceiros, com prazo de pagamento inferior a 12 meses.

Alguns exemplos de passivos circulantes são: salários de funcionários, dívidas com fornecedores, impostos, aluguel, contas de consumo e outras despesas.

É importante ter um levantamento completo de todas essas informações para poder calcular o capital de giro da empresa, por meio da seguinte conta:

Capital de Giro = Ativos Circulantes - Passivos Circulantes

Imagine uma empresa que possui a seguinte situação mensal em termos de ativos e passivos:

Ativos

  1. Conta bancária = R$ 5.000,00

  2. Aplicações de curto prazo = R$ 8.000,00

  3. Contas a receber nos próximos 30 dias = R$ 12.000,00

  4. Estoque de mercadorias = R$ 7.000,00

TOTAL DE ATIVOS CIRCULANTES = R$ 32.000,00

Passivos

  1. Salários = R$ 8.000,00

  2. Fornecedores = R$ 7.000,00

  3. Despesas do mês = R$ 3.000,00

  4. Impostos = R$ 2.000,00

TOTAL DE PASSIVOS CIRCULANTES = R$ 20.000,00

Portanto, o capital de giro dessa empresa seria de R$ 12.000,00.

Saber qual é esse valor é fundamental para entender se a empresa possui recursos suficientes para honrar com suas obrigações financeiras dentro do período analisado.

Caso o resultado do cálculo do capital de giro tenha sido negativo, é preciso tentar entender o que está acontecendo com as finanças da empresa, a fim de buscar as soluções que, em conjunto, sejam capazes de reverter esse quadro.

É a hora de analisar a estrutura de custos da empresa, buscar a extensão de prazos de pagamento junto aos fornecedores, tentar diminuir os prazos dos recebíveis, obter melhores condições de pagamento das dívidas junto aos credores, negociar prazos com clientes inadimplentes, entre outras ações.

Dessa forma, será possível melhorar o fluxo de caixa, evitando que as contas entrem no vermelho, e permitir que se alcance um volume saudável de capital de giro, capaz de suportar os eventuais problemas que a empresa venha a sofrer.

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Como acabamos de ver, o capital de giro é um elemento fundamental para a manutenção da saúde de qualquer empresa.

No entanto, é preciso manter o controle sobre uma série de aspectos das finanças da organização a fim de assegurar o bom andamento dos negócios.

A boa notícia é que a tecnologia está ao seu lado para ajudar nessa tarefa!

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