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Qual é a diferença entre o fluxo de caixa livre e o fluxo de caixa convencional?

FINANCEIRO
Gustavo Puglisi
CEO do Simples Agenda
15
min leitura

A gestão financeira é uma das áreas mais importantes de qualquer empresa, independentemente do seu tamanho ou setor. Uma das ferramentas mais úteis para a gestão financeira é o fluxo de caixa, que fornece uma visão clara das entradas e saídas de dinheiro da empresa.

No entanto, existem diferentes tipos de fluxo de caixa que podem ser usados, como o fluxo de caixa livre e o fluxo de caixa convencional.

Neste artigo, vamos explorar as diferenças entre esses dois tipos de fluxo de caixa e como eles podem afetar a gestão financeira da sua empresa.

O que é o fluxo de caixa convencional?

O fluxo de caixa convencional é um método de cálculo que leva em conta apenas as entradas e saídas de dinheiro relacionadas às atividades operacionais da empresa. Isso significa que ele não leva em consideração investimentos de capital, como compras de equipamentos ou propriedades, ou atividades de financiamento, como pagamentos de juros ou dividendos.

O fluxo de caixa convencional é útil para avaliar a capacidade da empresa de gerar caixa a partir de suas operações principais.

Ele considera os fluxos de caixa de entrada e saída da empresa em um determinado período, incluindo os valores recebidos de vendas, recebimentos de contas a receber e outras atividades operacionais.

Além disso, o fluxo de caixa convencional leva em consideração as despesas operacionais, como pagamentos a fornecedores, pagamento de impostos e outras despesas associadas às atividades operacionais da empresa. Em resumo, o fluxo de caixa convencional mostra quanto dinheiro a empresa gerou ou utilizou a partir de suas atividades operacionais em um determinado período.

É amplamente utilizado para avaliar a liquidez de uma empresa, bem como sua capacidade de pagar suas contas e despesas operacionais. Ele também pode ser usado para determinar a rentabilidade a curto prazo da empresa, pois reflete o fluxo de caixa gerado pelas atividades operacionais da empresa em um determinado período.

No entanto, é importante ressaltar que o fluxo de caixa convencional não leva em conta investimentos em ativos de capital, como máquinas e equipamentos, que podem ser necessários para a empresa crescer e se expandir. Para avaliar a capacidade da empresa de financiar investimentos futuros, pode ser necessário usar o fluxo de caixa livre, que leva em conta os investimentos de capital.

O que é o fluxo de caixa livre?

O fluxo de caixa livre, por outro lado, é um método de cálculo mais abrangente que leva em conta todas as entradas e saídas de dinheiro da empresa, incluindo investimentos e atividades de financiamento. Ele é usado para avaliar a capacidade da empresa de gerar caixa livre para investimentos futuros, como expansões ou aquisições.

É uma medida de fluxo de caixa que avalia a quantidade de dinheiro que uma empresa tem disponível após a realização de seus investimentos em ativos de capital, como máquinas e equipamentos. Ele considera os fluxos de caixa de entrada e saída da empresa em um determinado período, incluindo as atividades operacionais, investimentos e financiamentos.

O fluxo de caixa livre é calculado a partir do fluxo de caixa convencional, que mostra o fluxo de caixa gerado pelas atividades operacionais da empresa. A partir desse valor, são deduzidos os investimentos em ativos de capital realizados pela empresa, como compra de equipamentos ou imóveis.

O resultado é o fluxo de caixa livre, que representa a quantidade de dinheiro que a empresa tem disponível para investir em novos projetos ou distribuir aos seus acionistas.

O fluxo de caixa livre é uma medida importante para avaliar a capacidade da empresa de financiar seus investimentos futuros, sem comprometer sua capacidade de pagar suas contas e despesas operacionais.

Ele também pode ser usado para avaliar a rentabilidade a longo prazo da empresa, pois reflete o fluxo de caixa gerado pelas atividades operacionais e investimentos da empresa em um determinado período.

No entanto, é importante ressaltar que o fluxo de caixa livre não leva em conta as despesas financeiras da empresa, como juros e empréstimos, que podem afetar sua capacidade de investir em novos projetos.

Por isso, é importante avaliar tanto o fluxo de caixa livre quanto as despesas financeiras da empresa para obter uma visão mais completa de sua saúde financeira e capacidade de investimento.

Quais são as diferenças entre fluxo de caixa livre e fluxo de caixa convencional?

A principal diferença entre o fluxo de caixa livre e o fluxo de caixa convencional é que o primeiro leva em consideração todas as entradas e saídas de dinheiro da empresa, enquanto o segundo leva em conta apenas as atividades operacionais. Isso significa que o fluxo de caixa livre pode ser uma medida mais precisa da capacidade da empresa de gerar caixa livre para investimentos futuros.

Outra diferença importante é que o fluxo de caixa livre pode incluir investimentos de capital, como compras de equipamentos ou propriedades, enquanto o fluxo de caixa convencional não leva isso em consideração. Isso significa que o fluxo de caixa livre pode ser uma medida mais abrangente da capacidade da empresa de gerar caixa livre, mas também pode ser mais volátil devido a investimentos de capital.

Veja a seguir algumas das principais diferenças:

1. Consideração de investimentos em ativos de capital

O fluxo de caixa convencional considera apenas as atividades operacionais da empresa, enquanto o fluxo de caixa livre leva em conta os investimentos em ativos de capital, como máquinas e equipamentos.

Isso significa que o fluxo de caixa livre fornece uma visão mais ampla do fluxo de caixa da empresa, pois inclui os investimentos necessários para seu crescimento e expansão.

2. Avaliação da liquidez:

O fluxo de caixa convencional é amplamente utilizado para avaliar a liquidez de uma empresa, ou seja, sua capacidade de pagar suas contas e despesas operacionais a curto prazo.

Já o fluxo de caixa livre pode ser usado para avaliar a capacidade da empresa de financiar investimentos futuros, sem comprometer sua capacidade de pagar suas obrigações.

3. Avaliação da rentabilidade:

O fluxo de caixa convencional pode ser usado para avaliar a rentabilidade a curto prazo da empresa, pois reflete o fluxo de caixa gerado pelas atividades operacionais em um determinado período.

Já o fluxo de caixa livre reflete o fluxo de caixa gerado pelas atividades operacionais e investimentos da empresa em um determinado período, o que o torna uma medida mais abrangente da rentabilidade a longo prazo.

4. Dedução de despesas financeiras:

O fluxo de caixa livre não leva em conta as despesas financeiras da empresa, como juros e empréstimos, enquanto o fluxo de caixa convencional inclui essas despesas. Isso significa que o fluxo de caixa livre pode não refletir com precisão a capacidade da empresa de pagar suas obrigações financeiras.

Em resumo, enquanto o fluxo de caixa convencional é uma medida útil para avaliar a liquidez e rentabilidade a curto prazo da empresa, o fluxo de caixa livre oferece uma visão mais ampla do fluxo de caixa da empresa, levando em conta seus investimentos em ativos de capital e permitindo uma avaliação mais precisa da capacidade da empresa de financiar seus investimentos futuros.

Como os dois tipos de fluxo de caixa afetam a gestão financeira da sua empresa?

A escolha entre o fluxo de caixa livre e o fluxo de caixa convencional pode afetar a gestão financeira da sua empresa de várias maneiras. Aqui estão algumas maneiras como:

Tomada de decisão de investimento:

A escolha do tipo de fluxo de caixa afeta a tomada de decisão de investimento. Se a empresa está considerando um grande investimento em ativos de capital, o fluxo de caixa livre pode ser mais apropriado para avaliar se a empresa tem a capacidade financeira de financiar o investimento.

Por outro lado, se a empresa está mais preocupada com a geração de caixa a partir de suas operações principais, o fluxo de caixa convencional pode ser mais útil.

Análise de rentabilidade:

O fluxo de caixa livre é uma medida mais abrangente da capacidade da empresa de gerar caixa livre, o que significa que ele pode ser usado para avaliar a rentabilidade da empresa a longo prazo.

Por outro lado, o fluxo de caixa convencional pode ser mais útil para avaliar a rentabilidade a curto prazo.

Análise de liquidez:

O fluxo de caixa livre é uma medida da capacidade da empresa de gerar caixa livre para investimentos futuros, o que significa que ele pode ser usado para avaliar a liquidez da empresa.

Por outro lado, o fluxo de caixa convencional pode não ser tão útil para avaliar a liquidez, pois não leva em conta investimentos de capital.

Em resumo, tanto o fluxo de caixa convencional quanto o fluxo de caixa livre são ferramentas essenciais para a gestão financeira de uma empresa.

Cada tipo de fluxo de caixa fornece informações valiosas sobre a situação financeira da empresa e suas perspectivas futuras, permitindo que os gestores financeiros tomem decisões informadas sobre a alocação de recursos e os investimentos necessários para o crescimento e expansão da empresa.

Perguntas frequentes sobre o fluxo de caixa livre e o fluxo de caixa convencional

Qual é o método mais comum de cálculo do fluxo de caixa livre?

O método mais comum para o cálculo do fluxo de caixa livre é chamado de "método do fluxo de caixa livre para a empresa" ou FCFE, na sigla em inglês. Este método tem como objetivo determinar o fluxo de caixa disponível para os acionistas da empresa após a dedução de todas as despesas e investimentos necessários para manter e expandir o negócio.

Para calcular o FCFE, são necessários três passos:

1. Calcular o fluxo de caixa operacional (FCO):

O FCO representa o fluxo de caixa gerado pelas atividades operacionais da empresa, ou seja, as receitas e despesas relacionadas às vendas, produção e entrega dos produtos ou serviços da empresa. Este cálculo é realizado deduzindo-se as despesas operacionais das receitas operacionais.

2. Calcular o investimento em ativos de capital (IAC):

O IAC representa o montante investido pela empresa em ativos de capital, como equipamentos, máquinas, imóveis e outros bens necessários para a produção e operação do negócio.

Este cálculo é realizado pela diferença entre o valor total dos ativos de capital no final do período e o valor total no início do período, adicionado das despesas com aquisições de novos ativos de capital.

3. Calcular o fluxo de caixa livre para a empresa (FCFE):

O FCFE é o fluxo de caixa disponível para os acionistas da empresa após a dedução de todas as despesas e investimentos necessários para manter e expandir o negócio. Este cálculo é realizado deduzindo-se o IAC do FCO, e adicionando-se os fluxos de caixa provenientes de outras fontes, como empréstimos ou investimentos.

O FCFE é uma medida importante do desempenho financeiro da empresa, pois indica a capacidade da empresa de gerar fluxo de caixa disponível para distribuir aos seus acionistas. Além disso, o FCFE é um indicador importante para os investidores, pois fornece uma estimativa do valor presente dos fluxos de caixa futuros da empresa.

O que é o fluxo de caixa descontado?

O fluxo de caixa descontado (FCD) é um método utilizado para estimar o valor presente de um investimento ou negócio, levando em consideração os fluxos de caixa futuros que serão gerados. O FCD é uma técnica bastante utilizada no mercado financeiro para avaliar empresas, projetos de investimento e outras oportunidades de negócio.

O cálculo do FCD é baseado no conceito de que o valor do dinheiro muda com o tempo, devido aos fatores como a inflação, taxa de juros e outros fatores econômicos. Assim, um fluxo de caixa futuro não tem o mesmo valor que um fluxo de caixa atual, e o FCD leva em consideração esses fatores para chegar a um valor presente para o fluxo de caixa futuro.

O FCD é calculado em três etapas:

1. Projeção dos fluxos de caixa futuros:

A primeira etapa do cálculo do FCD é projetar os fluxos de caixa futuros que serão gerados pela empresa ou investimento, levando em consideração as receitas, despesas e investimentos necessários para manter e expandir o negócio.

2. Cálculo do valor presente dos fluxos de caixa:

A segunda etapa é calcular o valor presente dos fluxos de caixa futuros, levando em consideração a taxa de desconto apropriada. A taxa de desconto é geralmente baseada no custo de capital da empresa ou no custo de oportunidade do investidor.

3. Cálculo do valor presente líquido (VPL):

A terceira e última etapa é calcular o valor presente líquido dos fluxos de caixa futuros, subtraindo o valor presente dos fluxos de caixa futuros do custo inicial do investimento ou do valor atual da empresa.

O FCD é uma ferramenta importante para a gestão financeira de uma empresa, pois permite estimar o valor presente dos fluxos de caixa futuros e avaliar a viabilidade de investimentos e projetos de longo prazo. Além disso, o FCD também pode ser utilizado para comparar diferentes investimentos ou projetos e escolher a opção mais rentável e de menor risco.

O fluxo de caixa livre pode ser negativo?

O fluxo de caixa livre (FCL) pode ser negativo em algumas circunstâncias. Isso ocorre quando a empresa gasta mais dinheiro do que recebe em um determinado período. Em outras palavras, as despesas superam as receitas e, consequentemente, o fluxo de caixa fica negativo.

Isso pode acontecer por vários motivos, como:

1. Investimentos de longo prazo:

Quando a empresa investe em projetos de longo prazo, como a construção de uma nova fábrica ou aquisição de novos equipamentos, o fluxo de caixa pode ficar negativo no curto prazo, pois esses investimentos exigem grandes desembolsos de caixa.

2. Crescimento acelerado:

Quando a empresa está em uma fase de crescimento acelerado, pode precisar de mais recursos para financiar esse crescimento, o que pode levar a um fluxo de caixa negativo no curto prazo.

3. Ciclos de negócios:

Algumas empresas têm ciclos de negócios que afetam o fluxo de caixa, como empresas que têm sazonalidade em suas vendas. Por exemplo, uma empresa de brinquedos pode ter um fluxo de caixa negativo no primeiro semestre do ano, mas um fluxo de caixa positivo no segundo semestre, quando as vendas de Natal aumentam.

Embora um fluxo de caixa livre negativo possa indicar que a empresa está gastando mais dinheiro do que recebe, isso não significa necessariamente que a empresa esteja em apuros financeiros.

Se a empresa estiver investindo em projetos rentáveis de longo prazo ou estiver em um período de crescimento acelerado, um fluxo de caixa negativo pode ser uma escolha estratégica para aumentar o valor futuro da empresa.

No entanto, se um fluxo de caixa livre negativo persistir por muito tempo, pode ser um sinal de que a empresa precisa reavaliar suas estratégias financeiras e encontrar maneiras de aumentar suas receitas ou reduzir suas despesas.

Conclusão:

O fluxo de caixa é uma ferramenta fundamental para a gestão financeira de qualquer empresa. O fluxo de caixa livre e o fluxo de caixa convencional são dois métodos de cálculo diferentes que podem ser usados para avaliar a capacidade da empresa de gerar caixa e financiar investimentos futuros.

Cada método tem suas próprias vantagens e desvantagens, e a escolha entre os dois depende das necessidades específicas da empresa. Compreender as diferenças entre esses dois tipos de fluxo de caixa pode ajudar a tomar decisões financeiras mais informadas e alcançar os objetivos de longo prazo da empresa.

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